quinta-feira, 22 de abril de 2010

Moro num país tropical!!!

Acho que todo camaçariense tem boas histórias pra contar sobre suas idas à praia, afinal, esse é o nosso principal, mais barato e mais acessível lazer. O teatro vem chegando agora, e mesmo assim está longe de ser acessível aos moradores da periferia camaçariense; o cinema veio e foi embora tão rápido que nem me dei conta, sem falar na grande gama de filmes e na velocidade com que os lançamentos chegavam aqui.

Mas, voltando ao assunto, esse post é especialmente pra Jauá, em homenagem à minha relação de guerra e paz com essa praia... ela foi um dos principais cenários da minha infância, aquela confusão de domingo, com direito a farofa, ônibus cheio... (e minha mãe falando que a gente não podia combinar senão chovia, ela chegava a falar baixo e a não deixar confirmado se íamos, senão São Pedro boicotava.... teses de minha mãe...). É engraçado relembrar que ir à praia equivalia a fazer uma grande viagem pra mim.. ficava na expectativa, não conseguia dormir, e quando chovia... que tristeza... São Pedro tinha desconfiado de algo!!

Na pré-adolescência veio a fase de conflito, todo mundo dizia que Jauá era a praia do OI, era a praia dos "pobres"...e eu querendo ser aceita entre os amigos passei a odiar Jauá, era a morte se alguém me visse lá. No outro dia a escola inteira sabia... principalmente porque eu fico logo "camarão", e lá vinha a pergunta.... - Foi pra que praia??
Reação: Pré-adolescente cheia de neuroses querendo meter a cara num buraco!

Na adolescência foi a praia pra qual eu ia escondido no horário da escola com amigos muito queridos e com Denis, na qual eu e Denis gravamos nossos nomes numa pedra e na qual nos despedimos e choramos quando ele foi morar em São Paulo, com direiro a muito romantismo e melancolia mesmo....

E agora eu adoro Jauá, sem nenhuma neurose e por tudo que já passei ali, mas principalmente por ser a praia com menos ondas em Camaçari (hehe), é ótimo não me preocupar se vou morrer afogada..... Não é nenhum segredo que eu não sei nadar!!!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Divagando sobre a saudade da infância! (complemento racional ao post anterior)

Lembrar e sentir saudades da infância se tornou uma coisa bastante corriqueira pra mim, estava tentando entender o motivo disso e descobri que não é um fenômeno restritamente meu, é muito natural, mas pra mim não era até certo tempo atrás e a partir disso criei uma tese:

A infância é uma fase maravilhosa da vida, da qual tomamos pavor e raiva ao chegarmos na pré-adolescência e adolescência, nessas fases fazemos de tudo pra nos distanciarmos e deixarmos pra traz tudo que seja resquício disso.

Quando a fase adulta vai chegando vem junto com ela essa saudade e reconhecimento da importância da infância e do quanto aprendemos ali. Até aí tudo bem, todo mundo já sabe, mas minha descoberta foi a de que chega um momento em que essa saudade é tão forte que vem a vontade de ter um filho pra de certa forma reviver esse momento!

Mas enquanto não tenho vou babando com os filhos fofíssimos e gostosos dos amigos, por exemplo Sophia Lis.... que sofre com tantos adultos querendo agarrá-la e apertá-la, e ela aprendendo a andar não quer nem saber da gente.... fofa!!!

Ps: com certeza vários psicólogos já falaram sobre isso, mas pra mim a descoberta é minha, e ponto, nunk vi ninguém falando... hehe

Ai que saudades que tenho da aurora da minha vida!!!

Às vezes penso em me render ao twitter (se é mesmo assim que se escreve), mas só às vezes, quando vejo alguma cena que me traz uma frase ou lembrança que gostaria de compartilhar com mais pessoas.

Aconteceu isso outro dia quando desci do ônibus em Simões Filho e vi um senhor com uma calça social velha, sandália tipo avaiana, chapéu de palha e mastigando um palito de dentes. Aquela cena me lembrou tanto a infância e o interior da minha avó, povoado de pessoas parecidas com ele. Mas me lembrou em especial um senhor amigo de minha avó que todos os dias aparecia na hora do café da manhã, e as manhãs eram todas assim, acordava com o cheiro do café da minha avó e a voz dele contando os causos da cidade, com aquela risada de gente simples e feliz do interior!

Mas essa lembrança me remeteu a muitas outras relacionadas a meus avós: minha avó enchendo meu cabelo de óleo de mamona e me fazendo um monte de tranças na calçada, foi com ela que aprendi a fazer tranças e não sei pq, mas isso foi muito marcante pra mim! Lembro também da mulher que fazia o óleo de mamona e que se sustentava com isso, ela ficou cega por causa do vapor que saia do cozimento da mamona, não sei direito, mas me contaram isso muito tempo depois.

Lembro dos meus bichos de pé (na casa de minha avó tinha um xiqueiro e eu vivia descalça no quintal), e era muito divertido, se juntavam várias crianças e uma vizinha sempre tirava nossos bichos de pé, parece loucura, mas quem vai entender a mente de uma criança? Eu gostava!

O meu avó sempre foi obcecado pela bíblia e em todas as conversas ele incluia (e inclui até hoje) a história de algum santo, e eu achava isso muito engraçado, ah.. e ele nunca deixava a gente comer em pé.. por que era um momento sagrado!

Sem contar as brincadeiras gostosas de interior, que nada têm a ver com jogos de internet, era muito bom.. quero que meus filhos provem disso tanbém, saibam o que é ser criança!!!

Ano novo, vida nova?

É muito engraçada toda essa coisa de natal e ano novo. Pra falar a verdade eu gosto, mas me vem também todo um pensamento crítico a respeito da ânsia pelo consumo que toma conta de todos nessa época, e o pior: eu sou tomada por esse mal também, devo admitir!

Mas não vou me ater a essa questão, gosto da parte de dar presentes e abraços, desejar o bem a todos, e prefiro acreditar que são atitudes sinceras e que deveriam durar o ano todo! Ah.. gosto principalmente das ceias e almoços... comi bastante nesse fim de ano.. hehe


Como já estou passando por uma fase de repensar a minha vida independente do clima de virada de ano aproveitei pra pensar ainda mais, rever algumas coisas: quem eu sou, do que gosto, o que quero e o que definitivamente não quero. Passei a virada de ano numa praia tranquila de Salvador (praia da Paciência), e era isso mesmo que eu queria, passei com pessoas que gosto e me sinto bem e à vontade, olhando pro mar, pensando na vida.

Estou cada vez mais atraída pelas coisas tranquilas da vida, tô em busca de uma paz interna que não sei bem explicar, mas que é algo tipo não me cobrar tanto, não me estressar por bobagem, e não fazer coisas que eu não quero por obrigação ou para agradar alguém, tô tentando me convencer de que o mais importante antes de tudo sou eu, preciso estar bem pra que o resto esteja, e o melhor de tudo é que essas não são promessas de ano novo, já tava pensando bastante nisso antes...


O lado ruim é que já sou provida de um excesso de sentimentalismo e nessa época transborda ainda mais, penso em todas as coisas ruins do mundo que eu não queria que existissem e me sinto realmente mal por isso, até fico sem conseguir dormir às vezes (por exemplo ontem) e abuso da paciência de Denis pedindo pra ele fazer carinho em minha cabeça até eu dormir!!

Não sei se já escrevi algum post sobre isso antes e estou sendo repetitiva, mas é um tema realmente recorrente em minha vida. Não consigo de maneira alguma deixar certas coisas repugnantes da vida passarem despercebidas, não consigo fingir que não existem, não consigo ficar sem fazer nada, mas ao mesmo tempo não sei o que fazer, sou meio fraca. (ps: estou falando da fome, da pobreza e da miséria que vejo todos os dias na rua!)
Faço parte da UJS, mas acho insuficiente, tenho a impressão de que todas as nossas lutas são a longo prazo demais, eu tenho pressa, queria ver logo a solução desses problemas tão urgentes.

Acho que nunca vou estar completamente de bem comigo mesma enquanto não fizer um projeto legal em relação a isso, penso bastante mas não coloco nem no papel, isso deve entrar pra minha lista de objetivos pra 2010. Ao mesmo tempo tenho a noção de que isso é papel do governo e que devo cobrar do governo, mas é muito irritante o modo como tratam do assunto, como se não estivéssemos falando de pessoas, de fome, e de um problema que perdura há um bom tempo, e vejo que ninguém está com pressa!!

Enfim, post meio confuso, nostálgico e cheio de temas, mas que venha 2010!!!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Alguns conceitos de bondade X maldade

Hoje no caminho pra casa estava pensando em algumas coisas (diversos assuntos) e me dei conta de como o cara que inventou aquele anjinho brigando com o diabinho nos desenhos se baseou em fatos reais. Realmente muitas vezes (muitas vezes mesmo), me deparo com uma briga interna entre decisões - e até mesmo pensamentos - "bons e maus". Entre aspas porque sei que a discussão entre o que é bom ou mau - se é que essa classificação é mesmo válida, afinal o que é bom pra uns é ruim pra outros e ninguém é totalmente bom ou mau - é muito relativa e requer um debate mais aprofundado.
Mas o fato é que eu sinto mesmo como se morassem no meu subconsciente esses dois seres, e chego até a ter uma espécie de conversa com eles. Por exemplo, às vezes meus princípios e toda a minha formação pessoal e moral me dizem que eu não posso ter inveja, eu tenho total noção de que é minha obrigação de cidadã de bem, menina boazinha e adorável não sentir inveja, que esse é um sentimento mau...... mas no fundo o diabinho passa na minha cara que apesar de saber de tudo isso EU SINTO, eu fico brigando com ele pra deixar esse sentimento lá no fundo escondido, e ele fica cutucando pra eu sentir!!!
Obs: inveja foi só um exemplo, esse não costuma ser um dos meus maus sentimentos mais frequentes!! hehe
Mudando de viagem, mas continuando no mesmo tema... (isso eu comento com todo mundo, porque sempre me vem na mente).
Desde criança eu tenho algumas formas estranhas de ver certas coisas:
- Vejo os números positivos como os bonzinhos e os negativos como os malvados. E é um sentimento muito forte, eu tenho raiva dos números negativos, e nos embates sempre torço pra que os positivos prevaleçam. Ex: -5+6-2= -1. Esse resultado me dá uma aflição que não consigo descrever, uma tristeza, como se os monstros tivessem ganhado dos powers rangers e conquistado o planeta terra. (com um pouquinho de exagero!)
- As contas de dividir e subtrair são velhas chatas, carrancudas e reclamonas enquanto as de somar e multiplicar são tios legais e brincalhões. Mas essa é muito fácil de explicar, pois sempre tive mais dificuldade com as duas primeiras.
- Não lembro de mais nada agora, mas depois faço outro post quando lembrar de mais dessas minhas viagens.....

domingo, 13 de setembro de 2009

Volta às aulas

Amigos... depois de muito pensar decidi que vou fazer o vestibular da UFBA, até ontem de manhã estava decidida a só fazer faculdade à distância porque tô hiper de saco cheia de ir todo dia pra Salvador, mas a grade do curso de letras da UFBA é o máximo e não resisti... Agora só falta conseguir os 85,00 da inscrição (absurdo essa inscrição tão cara), e o jeito é ir tomar banho pra ir lá na minha ex-casa pedir a meu pai emprestado (já que a inscrição é até amanhã) ... hihi
E começar a estudar geografia, física e química, que são matérias que eu esqueci que existiam desde que terminei o ensino médio.. (não lembro mais de nada..)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Em busca de sugestões!!

Depois de décadas sem escrever.... o tema de sempre...
Estou numa fase muito chata - não triste, nem ruim - apenas chata, confusa, indecisa, inerte! Acho tudo sem graça, comecei a ler vários livros e não termino; fico impaciente na metade dos filmes; quero ouvir música, mas não sei qual cantor, aí perco a vontade de ouvir qualquer coisa; quero dormir, mas acho perda de tempo; quero fazer alguma coisa útil; quero estudar, tanta coisa nova a descobrir, mas perdi meu espírito estudioso pelo qual tanto me elogiavam em algum canto da casa, e tá tudo tão bagunçado que não consigo achar, na verdade não tenho me motivado muito a procurar..
Então.. por favor, mandem sugestões de livros e filmes, todas serão bem-vindas e agradecidas!!